Como João Valente fez a transição da sua quinta para a agricultura regenerativa em Portugal

by Arlene Barclay | Dez 23, 2022

João Valente
Monte Silveira Bio | Malpica do Tejo, Idanha a Nova, Portugal | 607 ha

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Pastoreio holístico planeado

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Plantio direto

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Culturas de cobertura

Climate Farmers Icon Agrofloresta

Agrofloresta

A característica favorita do Carbon+:

  • Fazer parte de uma comunidade diversificada de agricultores regenerativos com as mesmas ideias.

    Resultados

    • Apoio económico
    • Um aumento de 4% na matéria orgânica do seu solo
    • Ligação ao ecossistema regenerativo europeu
    • Oportunidade de comprar as ferramentas que levarão a sua quinta para o próximo nível

    João Valente é o proprietário de segunda geração da Monte Silveira Bio, uma exploração de sistema agro-silvo-pastoril típio do Montado, em Portugal. A Monte Silveira Bio tem passado por uma série de transformações ao longo dos anos. O que antes era uma quinta convencional, depois biológica, é agora um ecossistema em regeneração.

    Mas o que é que inspirou o João a mudar as suas operações para uma gestão regenerativa, e como é que ele utilizou o nosso Programa Carbon+ para alcançar os seus objectivos?

     

    O GATILHO DA TRANSIÇÃO

    A Monte Silveira Bio foi outrora uma exploração agrícola convencional especializada na produção de tabaco. A exploração utilizava pesticidas, herbicidas, arado, lavoura e tudo o resto. Em 1999, foram abolidos os subsídios ao tabaco, que sustentavam as finanças da exploração. Por consequência, o João decidiu mudar para a agricultura biológica.

    Em 2002, iniciou o plantio direto e viu o ecossistema reagir. Dee acordo com a sua experiência, a quinta ficou mais resistente e bonita. A biodiversidade aumentou e ganhámos mais dinheiro. Inspirado pelo impacto visível, o João decidiu embarcar numa viagem educacional à Austrália em 2006. Foi nessa altura que conheceu o conceito de gestão regenerativa e tudo mudou.

     

    O DESAFIO

    De acordo com o João, quando se pratica a agricultura convencional, há desafios todos os anos. Quer se trate de determinar o preço dos produtos, de lutar contra as condições climatéricas variáveis ou de cultivar em excesso apenas para fazer face às despesas, os agricultores estão à mercê de forças externas. Por isso, afrima o João,“preciso de apoio financeiro porque, sem ele, a agricultura é extremamente stressante. O meu bem-estar psicológico está em causa.” O seu bem-estar psicológico está em causa”.

    Por outro lado, os agricultores também enfrentam dificuldades ecológicas que entram em conflito com os seus encargos económicos. O João sublinha que, mesmo praticando agricultura convencional, a matéria orgânica tem de ser tida em conta. Para ele, a exploração nunca ultrapassou 1%. Agora, tem áreas que chegam aos 5%.

    Estávamos demasiado ocupados a pensar no que estava acima do solo e nunca tivemos em conta o que estava por baixo”.

     


    SUPERANDO OS DESAFIOS ATRAVÉS DO CARBON+

    O João enfrentou muitas dificuldades financeiras enquanto teentava praticar uma gestão regenerativa, porque não havia ninguém para o ajudar. Mas isso já não acontece.

    Tem um percurso bem definido baseado em objetivos empresariais da quinta, enquanto que o apoio financeiro obtido através do programa terá um papel fundamental na concretização das suas ambições. Como ele diz: “O dinheiro que vou receber através do Carbon+ é muito importante para comprar as ferramentas e implementar as práticas que vão levar a minha quinta para o próximo nível”.

    De acordo com o João, foi precisamente por isso que escolheu a Climate Farmers como parceiro. Ele acredita que as pessoas que fazem a transição através do programa podem não perceber a sorte que têm. “É muito mais fácil e facilitado. Não tem o peso do stress financeiro. Tem apoio, um parceiro de treino e um amigo para o ajudar ao longo do caminho.”

    Mas para além disso, o João acredita que os benefícios do Carbon+ significam muito mais do que apenas apoio financeiro. Isso também tem a ver com a comunidade.

    Sabemos que a agricultura pode ser um trabalho solitário. Os pioneiros de novos modelos de gestão ou aqueles que mudam o status quo são julgados pelos agricultores no seu ambiente em redor. Mas isso mudou.

    Através do Carbon+, o João estabeleceu contacto com centenas de agricultores de toda a Europa que se guiam pelos mesmos princípios e estão no mesmo caminho.

    “Não se trata apenas do programa. Também tem a ver com as pessoas. Tive a oportunidade de encontrar uma comunidade onde todos temos a mesma paixão. Apoiamo-nos uns aos outros e partilhamos os nossos sucessos, fracassos e tudo o que está pelo meio. Se falhar algumas vezes, desiste. É por isso que é tão importante ter apoio financeiro. Dá-lhe conforto, força e confiança na sua viagem.”

    Quer apoio para implementar a agricultura regenerativa?